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O teu risoTira-me o pão,
se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosada
minha pátria sonora.Ri-te da noite,do dia,
da lua,ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,a luz,
a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.Pablo Neruda
12 comentários:
Bonita poesia!
Um sorriso ilumina o dia de uma pessoa!
Beijo
Lindo como tu consegues alegrar um dia menos bom (trabalho a correr mal) com um poema de Neruda!
Obrigada e muitos muitos beijos.
Olá
deixo-te um beijo ainda com cheirinho a S. João
Olá..
Também gosto muito de Neruda!
Tudo de bom
Beijinho
Vitor
Levemos esta vida ao menos com um sorriso
Amigona. Como gosto desta poesia,fala de muitas coisas entre as quais sorriso! Pablo Neruda sempre fã do mesmo eu sou.
Beijinho BFS Lisa
Lol!!!!Fartei-me de rir com o post mais abaixo...Acho que me estou a ver nesse dialogo daqui a alguns anitos eheheh~!!
Ao menos o sorriso ninguem nos tira (nem o sócrates consegue cobrar imposto) eheheh
jocas e um bom fds!
MAGNIFICA ESCOLHA ESTA, GOSTO MUITO DA POESIA DE NERUDA.. OBRIGADA PELA PARTILHA..UM BEIJINHO, ELL
Vamos tentando, não é?
Abreijos
Um bonito poema que não conhecia.
Um abraço
Grande Neruda!
Sem ele não teríamos estes " Instantes de vida".
Veludinhos azuis
*
pablo neruda,
toca muitas vezes . . .
,
conchinhas
*
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