domingo, maio 18, 2008

Regresso

(trouxe do Nélio)


HISTÓRIA COMUM


Eu digo alegria;

E conto com ela

Pra esquecer a dor;

Eu digo alegria!

Mas sinto agonia

Por falta de amor...

Eu sonho vidências

E tenho vivências

De tempos de paz;

E se digo alegria

Em mim principia

Remanso fugaz!

Eu digo do pranto

Também do quebranto

Também da magia

Que a dor leva embora...

Eu digo alegria!

E sonho co'o dia

Pra raiar a aurora...

Eu digo alegria!

Escondendo no peito

O amor sem sujeito

Que o tempo me dá;

Vislumbrando torturas

Invoca as alturas

E rompo a manhã!...


(Maria Mamede)
Hoje a noite está mais clara...hoje fui buscar esta poesia à Maria Mamede e a flor ao Nélio para dedicar à minha amiga que fugiu da sua casa e do companheiro com medo, mas que arranjou coragem para voltar e iniciar uma nova vida com os filhos, no lugar e na casa que são seus!
Com medo, muito medo mas olhando em frente!
Só desejo que a ESPERANÇA continue a dançar nos seus olhos!

14 comentários:

Maria disse...

Imagino o que tens passado nestes dias, Amigona...
É sempre angustiante, nunca se sabe como vai ser...

Deixo-te um enorme abraço e
beijos beijos

Um Momento disse...

Muita força minha Querida...Muita força!!!

(*)

susana disse...

É lamentável as pessoas chegarem ao ponto de terem de fugir! Em pleno século vinte e um, ainda acontecem este tipo de situações!
Força e coragem!
beijinhos miss

Espaços abertos.. disse...

O sofrimento das quatro paredes é horível, a presão psicológica,os medos que invadem,a perda da coragem pela luta da vida, a ausência da auto estima,tudo um conjunto de factores,que chega um ponto limite do desespero.
Mas minha amiga pega na esperança transporta-a no teu peito com grande dose de coragem e vai em frente,sem olhares para trás.
Bom Domingo
Bjs Zita

São disse...

Que Deus a proteja e que tudo lhe corra bem!!
Bem hajas, linda!

Vicktor Reis disse...

Querida Amigona
Já tinha dado por isso, pois o mais pequeno já passou pela minha porta e falou-me. Estava bem!!! Pois... é pequenita de corpo mas corajosa na vida. E tu sempre na primeira linha da solidariedade.
Beijinhos.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Amigona
Lindo poema. Espero que a tua amiga encontre força para recomeçar com dignidade e perseverança para que não tenha que voltar a fugir e a ter medo.

Abraço

Odele Souza disse...

Amigona,

Angustiante a situação de tua amiga. Emocionante o poema e teu gesto. A imagem da flor também me comoveu, tamanha é sua beleza.

Um beijo amigona. Gosto muito de ti.

Agulheta disse...

Amigona
Uma angústia, ter de fugir para ser ou por menos tentar ser feliz!lamentável de verdade,felicidades para a tua amiga para ti beijinho bem hajas pelo amparo.Lisa

anamarta disse...

É triste que as mulheres ainda tenham que tomar estas atitudes!em pleno sec.XXI, mas, enquanto não forem reconhecidos e assegurados os Direitos Fudamentais às Mulheres, e Crianças vitimas de maus tratos, estas situações não acabam! Espero e desejo que a tua amiga seja feliz! e bem hajas pelo teu gesto.
beijos para ti

Isamar disse...

Amiga Querida

Estou confiante que a tua amiga reencontrará o equilíbrio e a confiança para enfrentar o futuro. A tua ajuda foi/é indispensável e eu tenho a certeza que ela poderá contar sempre contigo.

Bem hajas, amiga solidária!

Beijinhos mil

Elvira Carvalho disse...

Deus ajude a sua amiga e lhe dê forças para lutar por um futuro com a dignidade e respeito que todo o ser humano merece.
Lindo o poema e a flor.
Um abraço, e votos de boa semana.

Maria disse...

Hoje deixo-te este poema, Amigona:

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar

Beijinhos, Amigona

BlueVelvet disse...

É espantoso como quando lemos estas histórias nos jornais, parece que são ficção, e depois, ao pé de nós acontecem e vemos que é vida verdadeira.
Um abraço de solidariedade para a sua amiga e para si,
Dias Felizes